Noite da Alma - Booktrailer

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Entrevista a Sophia CarPerSanti - Escritora Portuguesa


Entrevista a Sophia CarPerSanti - Escritora Portuguesa



--> BLOG MORRIGHAN'


Boa tarde! Hoje apresento-vos mais uma escritora portuguesa que lançou há pouco tempo o seu primeiro livro - Noite da Alma. Conheçam a Sophia CarPerSanti!



Fala-nos um pouco sobre ti:
A maioria das pessoas que me conhece diz que sou meia extra-terrestre. :)
Os meus interesses pessoais abrangem mais áreas do que seria possível explorar numa vida inteira, o que faz com que me sinta, muitas vezes, incompleta ou insatisfeita.
O tempo nunca me chega para tudo o que gostaria de fazer, e por isso já fiz muitas coisas que depois tive de deixar, para dar lugar a outras. Gosto especialmente de aprender línguas invulgares, como o japonês, praticar desporto (tudo menos futebol >_>) e vibro com praticamente todas as actividades que envolvam música.
Nos meus tempos livres gosto de viajar, desenhar, pintar (especialmente a óleo), fazer artesanato e, claro, ler (sou uma leitora compulsiva desde pequena). No entanto, o que me dá mais prazer é, sem sombra de dúvida, escrever. Adoro mergulhar nos mundos que crio e deixar-me surpreender pelas coisas fantásticas e surpreendentes que vejo desenrolarem-se à minha frente. É a escrever que me sinto verdadeiramente realizada e a única coisa que lamento é, por vezes, faltarem-me as palavras adequadas para passar para o papel as coisas maravilhosas que acontecem, nesses outros lugares distantes.


Qual o teu estilo e ritmo de escrita:
O meu ritmo de escrita... Ora aí está uma pergunta que nunca me tinham feito.
Bem, em primeiro lugar surge a ideia, a qual pode assaltar-me nos momentos mais inesperados. Contudo, tenho vindo a reparar, que o banho, é um momento bastante propício para este tipo de... iluminação. :)
A partir do momento em que a ideia se instala no meu cérebro tenho obrigatoriamente de me agarrar a qualquer coisa que escreva. E, quando digo obrigatoriamente, é porque é mesmo assim. Estas ideias súbitas são coisinhas bem prepotentes... e se não lhes dou voz começo, verdadeiramente, a ficar meio maluca. 
É então que começo a escrever. Se tiver tempo disponível para isso, escrevo desde que acordo até que me deito e, no espaço de 2 meses, tenho um livro escrito. Infelizmente, isso só é possível quando estou de férias. Por isso, lá carrego com o computador para onde quer que vá, de modo a aproveitar todos os tempinhos que consiga arranjar durante o dia. Como fico meio obcecada com a história, mesmo quando não estou a escrever o meu cérebro está sempre a construir cenas e a repeti-las na minha cabeça, ao ponto de acabar por sonhar com os meus personagens. No entanto, quando as passo para o computador, acabam sempre por acontecer coisas inesperadas e, quando dou conta, até escrevi cenas que não estavam nada planeadas. :) Daí que escrever seja, para mim, uma aventura tão interessante e cativante.
Enquanto escrevo, vou fazendo anotações à parte, com características, nomes, datas, linhas temporais e calendários, para não me perder no tempo. Quando estou a escrever Fantasia, crio mapas, dicionários de outras línguas e desenho edifícios, como palácios e torres de magia. Cheguei, inclusive, a desenhar e a pintar muitos dos meus personagens.
Quando a história finalmente chega ao fim, inicia-se o processo mais demorado e, na minha opinião, mais cansativo: ler, rever e cortar. Revejo os meus manuscritos muitas vezes, pelo que levo mais tempo nesta fase do que na fase de criação, propriamente dita.
Quanto ao estilo… só escrevo Fantasia e Ficção. Adoro livros complexos, que misturem muitos acontecimentos ao mesmo tempo, pelo que tive de aprender a controlar um pouco a tendência para complicar as minhas histórias. Isto porque histórias complexas resultam, em geral, em manuscritos demasiado extensos e que acabam por cansar a maioria das pessoas.
Comecei por escrever Poesia. Depois, quando passei para a Prosa, escrevi Fantasia Épica, e, ultimamente, tenho escrito Romances Sobrenaturais. No entanto, todos os meus livros têm de ter, obrigatoriamente, magia, romance e uma certa pitada de drama.


Quais as tuas influências:
A minha maior influência foi Tolkien. Li o Senhor dos Anéis quando tinha 13 anos, numa altura em que os livros de Fantasia, em Portugal, ainda eram escassos. Nesse momento, foi como se, de repente, tivesse descoberto um mundo novo. Li e reli aqueles 3 livros mais vezes do que sou capaz de me recordar. Ao ponto de chegar mesmo a criar um dicionário de Quenya e Sindarin. :) E talvez por isso, as minhas primeiras aventuras no mundo da escrita tenham seguido um pouco o estilo Épico.
A colecção ‘Gaea’, no entanto, já foge bastante a esse registo e, para além de, como é óbvio, ter sofrido a influência dos muitos livros que li, tem como base as minhas explorações no mundo do Oculto. Nele misturam-se conceitos como a Reencarnação, a Evolução das Almas Humanas, a existência de Dimensões Paralelas, e a visão da Terra como um Ser Vivo, com um corpo e uma vontade própria, infelizmente incompreensível para nós: Gaia ou Gaea. Mistura ainda outras áreas que gosto de explorar, como a Religião, a Mitologia, as Artes Divinatórias e, por último, a Magia, a qual estudei a fundo, nas suas diferentes vertentes.


O que te levou a escrever na área do sobrenatural?
Como já disse, os primeiros manuscritos que desenvolvi são do estilo Fantasia Épica. No entanto, o mundo em que a história se desenrola é, claramente, fictício, ou pelo menos, impossível de existir no nosso mundo. O mesmo já não acontece com livros como ‘Noite da Alma’.
O sobrenatural tem um potencial de realidade que me agrada bastante, deixando-nos sempre com aquela sensação de que, se calhar, algures no nosso mundo, aqueles seres até existem. :) Quem sabe…? Os livros que escrevo estão classificados como Fantasia. Eu mesma admito que criei aqueles personagens e aquelas dimensões. Mas talvez haja algo de verdade, no meio da ficção. Até pode ser que tudo aquilo seja verdade, mas que o segredo tenha de ser mantido… Aliás, a Lex Regis diz claramente que os Humanos não podem ter conhecimento da existência destes outros seres, sob risco de a sua presença, entre nós, poder influenciar a nossa Evolução; como aliás aconteceu no Passado, no tempo em que aqueles a quem chamamos deuses ainda interagiam directamente com o mundo humano.
A possibilidade de esta sombra de dúvida poder existir é exactamente o que me levou a escrever na área do sobrenatural. :)


Como foi o caminho até à publicação deste teu primeiro romance? Tiveste muitas dificuldades em publicar? Fala-nos um pouco sobre este processo.
Dificuldades… muitas. Aliás, basta ver que ‘Noite da Alma’ foi escrito em 2008 e só agora foi editado. E não, não esteve fechado na gaveta à espera que me enchesse de coragem para o enviar para as Editoras.
Ao contrário dos meus outros livros, escrevi ‘Noite da Alma’ para ser publicado, e foi o que tentei fazer nestes últimos 3 anos. Não vou mentir. Recebi muitas recusas e ainda mais silêncios, de editoras que nunca chegaram a responder-me. Editar um livro em Portugal é muito difícil, principalmente se não se é conhecido. E o meu livro tem, logo à partida, uma grande desvantagem: é muito extenso, o que implica um investimento de edição relativamente elevado, para um livro que ninguém tem a certeza de vir a vingar, no mercado livreiro.
Depois de muitas recusas, em 2010, resolvi fazer uma edição de autor. Era isso ou colocar o manuscrito online, para download gratuito. Comecei a informar-me acerca de preços, disposta a investir neste sonho. No entanto, o maior problema de uma edição de autor é a distribuição e, mesmo as distribuidoras que aceitam livros sem a chancela de uma editora são consideravelmente caras e não nos garantem uma distribuição nacional.
Foi então que me falaram de uma editora e da possibilidade de uma co-edição. Como estava, à partida, disposta a investir neste projecto, aceitei. Nada correu como devia. Os prazos não foram cumpridos e, em Junho de 2011, o livro, que devia ter sido editado em Março, ainda não tinha saído. Não obstante, começaram a surgir outras exigências, as quais me desagradaram bastante. Por isso, a edição foi suspensa e regressei à ideia inicial de fazer uma edição de autor. Contudo, antes de partir para essa solução, resolvi tentar uma vez mais que o manuscrito fosse aceite pelas editoras.
Por incrível que pareça, no meio de tantos envios, nunca tinha batido à porta da Chiado Editora. Daí que mal pude acreditar quando recebi um e-mail a dizer que, depois de terem realizado a análise literária e comercial da minha obra, tinham uma proposta de edição a apresentar-me. O que levara quase 1 ano a ser feito pela outra editora, e nunca chegou a ser concluído, foi despachado em coisa de meses e, finalmente, ‘Noite da Alma’ foi lançado no dia 17 de Dezembro. :)


Tens tido feedback dos teus leitores? Como é que gostas de interagir com eles?
Tenho tido feedbacks, sim. Na maioria, e para minha alegria, bastante positivos. É claro que há quem se queixe da extensão do livro, que tem cerca de 760 páginas, mas isso já era de esperar. Tenho perfeita consciência de que escrevo demais e de que tenho dificuldade em ser sintética. :) Por outro lado, os devoradores de livros, dizem-me que 760 páginas é muito bom e até já me perguntam pelo segundo volume. ^_^ Para falar a verdade, tenho tido muito mais opiniões positivas do que esperei. É claro que acho o meu livro interessante (ou não o teria escrito) mas quando me dizem coisas como “é viciante” fico mesmo muito satisfeita.
Na interacção com os meus leitores… Se possível, gosto de interagir directamente com eles, de falar e ouvir opiniões, tanto positivas como negativas e, em especial, se forem construtivas. Sei que agora sou ‘a escritora’ mas sinto-me mais como se fosse mais uma leitora. Aliás, foi por gostar tanto de ler que, um dia, me passou pela cabeça a ideia maluca de tentar escrever, também. Por isso, não me importo nada de discutir o meu livro com quem o leu, mesmo que o leitor nem tenha gostado por aí além do que escrevi. Penso que os livros são como as obras de arte: há quem deteste, quem lhes seja indiferente, quem goste, e quem os sinta de forma diferente, como se determinado livro falasse directamente connosco.
Projectos Futuros:
Escrever!! :) Isso é algo que jamais poderei deixar de fazer, mesmo que não edite mais nenhuma obra. Aliás, é por isso mesmo que já existem mais 2 livros escritos, dentro da colecção ‘Gaea’, isto para não falar dos 4 manuscritos de Fantasia Épica que se enquadram na colecção ‘A Gema de Ominium’. Mesmo com todas as recusas da parte das editoras, não fui capaz de deixar de escrever, e continuei a produzir.
De momento, encontro-me a escrever ‘Sombra Branca’, da colecção ‘Gaea’ e por isso, como é óbvio, um dos meus projectos futuros é terminar esta obra (o que tem sido difícil de conseguir, uma vez que me encontro a concluir o Mestrado Integrado em Psicologia e as obrigações estudantis roubam-me muito tempo).
Outro projecto será a edição de ‘Tempo da Alma’, o segundo livro desta colecção.


Onde é que os teus leitores de podem encontrar? (online)
A forma mais directa é, provavelmente, via e-mail (sophia.carpersanti@gmail.com) ou no Facebook (http://www.facebook.com/sophia.carpersanti).
Existe ainda o Site Oficial (http://carpersanti.net/Gaea/) e o meu Blog (http://sophia-carpersanti.blogspot.com/)
A minha vertente mais artística anda por aqui: http://silvareiel.deviantart.com/
De resto, encontro-me ligada às seguintes Redes Sociais:
Twiter: https://twitter.com/#!/carpersanti
Google+: https://plus.google.com/u/0/102638817506482515972/posts
Linkedin: http://www.linkedin.com/profile/edit?trk=hb_tab_pro_top
Myspace: http://www.myspace.com/516044891

E a pergunta da praxe: o que achas do blog Morrighan?
Adoro este blog! Para falar a verdade, já aqui tinha vindo parar noutras ocasiões, há cerca de 2 anos, atraída pelos artigos sobre Druidismo e sobre as Celebrações Pagãs. Para falar a verdade, nessa altura, a vertente mais literária deste simpático espaço passou-me completamente despercebida. Quando navego na internet, numa das minhas pesquisas, centro-me bastante no que quero encontrar. Mas recordo-me de ter passado horas a ler posts e de achar que, finalmente, tinha encontrado um site português, rico e rigoroso, sobre estes assuntos. Foi através do Facebook que me apercebi de que havia muito mais a dizer sobre o ‘blog Moorrighan’ e, desde então, tenho seguido atentamente todos os updates. Gosto especialmente da variedade de obras e de autores que são apresentados e, em especial, da forma clara e cativante com que todos os artigos são escritos.



A sua Obra:
Sinopse: "Duvido de mim mesma e de todos os meus sentidos. No entanto, a realidade que me rodeia é inegável, e sou incapaz de deixar de o sentir em todos os lugares, a todo o instante."

E se... num passo de Magia, fosse possível evocar um ser de outra dimensão capaz de realizar o mais profundo dos nossos desejos?

"Se ao menos fosse assim tão fácil... pessoas como eu jamais teriam de passar pela vergonha e pela dor que tivera de passar, naquela manhã", pensou Mari, enquanto folheava o estranho e pesado livro de encantamentos e fórmulas mágicas. E no entanto, um portal aberto é sempre uma passagem, e ninguém pode controlar quem, ou o que poderá passar por essa porta...
"E assim o meu mundo, permanentemente imóvel e suspenso no espaço e no tempo, caiu da Roda do Destino e tombou nas águas tempestuosas de mares desconhecidos."
Irremediavelmente atraída pela Luz que a protege... e fatalmente fascinada pelas Trevas que a rodeiam, Mari luta desesperadamente por resistir ao turbilhão que a ameaça engolir a qualquer momento. Enredada na dualidade do Destino, vê-se frente a uma batalha pela sobrevivência, ao encontro do desejo mais simples e mais almejado de toda a Humanidade: ser feliz.


Obrigada pela disponibilidade e simpatia Sophia!

O MISTÉRIO DA GRANDE PIRÂMIDE I


O MISTÉRIO DA GRANDE PIRÂMIDE I

QUEÓPS - Segredos e Utilidades


Quéops e As Pirâmides de Gizé

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https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQyJXRjrSmwGgJSlswTeaNlTCvhxRhq01QnZ3LNJxgd0_1xM8-VhXqUnPAlxgF-hN9D5dDLGgW0Ev294kpxWXjdu4CLe6e0MdJMNlr_H-BNHB9AKUmOQ-8GgWumDrnpmDljAzXk6P07no/s412/Nova%252520imagem%252520%2525281%252529.pngA palavra Pirâmide vem do grego "pyr", que quer dizer "fogo" e "amid", que significa "no centro".
As únicas de entre as chamadas 7 maravilhas do Mundo Antigo que ainda persistem na actualidade são a Pirâmides de Gizé, grupo de três pirâmides denominadas de Kufu (ou Queóps), Quéfren e Menkaure (ou Miquerinos) - pai, filho e neto.



Destas três a maior e mais misteriosa de todas é Grande Pirâmide, ou Pirâmide de Quéops, que localizada no Egipto fica a aproximadamente 10 milhas da cidade do Cairo.



https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIVdVsnm50BYoFBzLal8Ps0m85dbP4duNHxvsWcM82XqhmIVFSnan4M4xUHyQDx9WjhPTQcwdJY9I8cyz6SxwOzL3aCjKGzCrq3TCdSTKTMrn_RAhL5AaoRxObN1-MgeNtGXT0y7QNpUI/s317/Nova%252520imagem%252520%2525283%252529.pngA Pirâmide de Quéops (ou Khufu), diz-se ter sido construída para ser a tumba do Faraó Quéops da quarta dinastia, cujo reinado se estendeu de 2551 a 2528 a.C., e sendo a maior das três sua altura era de 146,6 metros, pelo que actualmente é de 137,16 m com uma massa de 31.200.000 toneladas.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJStuk-lSPDwJRbCipHmImHockV_xUOoMZIBERCRIMUGFjDENZTaFpaklDS3Oe8ffNc4FyuVWoaR2oj-OaNnBS0Z99_HHaOcmHfJGCKizGIgqg5uvzlGscVJOiTL65sT0ZgW2pemrEfVs/s346/Nova%252520imagem%252520%2525284%252529.pngSabe-se que era externamente revestida com pedra calcária polida, o que a fazia brilhar quando a luz do sol incidia tornando-a visível a quilómetros de distancia. Tal revestimento foi saqueado há séculos, sendo que apenas uma fracção dele sobrou, no topo da construção.
Foi durante milénios a construção mais alta já feita pelo homem, e só foi superada com a construção da torre de Lincoln (uma torre de Igreja), em 1311, que tinha 159 metros de altura. Porém esta torre foi destruída em 1549, pelo que depois disto a Grande Pirâmide só voltou a ser superada em 1889, com a inauguração da Torre Eiffel.


https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1KvX4XKHZ1ZQB8qU0V2UInpa4iVRFKyFyEMJ50ar5SktPYhh1XBfFqkzX-flLamUXChkw-nOE1-7Kd_ptwKJiDR3M3F59Fff1DVUXZgtvaD0Q8A68-1JD9VKFhDU0uuUxS2Oqj3pZSSw/s436/Nova%252520imagem%252520%2525285%252529.pngSabedoria e Segredos

No entanto, para além de sua localização e história mais moderna muito pouco mais se sabe a seu respeito. A afirmação de que ela teria sido construída para servir de câmara mortuária para o Faraó não tem grande sustentação, porque nunca foram encontrados múmias ou tesouros no seu interior. Então, como foi construída? E com que intenção? Até hoje ninguém conseguiu encontrar uma explicação convincente para os mistérios que envolvem a Grande Pirâmide.

Alguns estudiosos defendem a ideia de que ela teria sido erguida como instrumento e local de iniciação.

Projectada com base numa geometria hermética, demonstra uma sabedoria que ainda não atingimos. A Pirâmide de Quéops encontra-se orientada para os quatro pontos cardeais, limitando o Delta do Nilo (local onde orio Nilo desagua no mar Mediterrâneo através de vários canais) geometricamente com o prolongamento das duas diagonais e dividindo-o em duas partes iguais seguindo o eixo da pirâmide, ou seja: medindo a vara egípcia 0,525 metros, o lado da base da pirâmide tem 440 varas e a sua altura é de 280 varas.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhemod5Rr-X77Fp4VZCuXYS4uLjSM5gmTqE0eEV8bN1XVox-VsNCBmduoTspX48yCpreGlWayEUZdDZKou3D18pclHv2TnxyTlmGX6wt2Jo_F24_XX5S1f0t5OxPZJvRp2Ts42hdhw4qx4/s505/Nova%252520imagem%252520%2525286%252529.png
Existem duas hipóteses para a origem dos 2.600.000 blocos gigantescos que formam a Pirâmide. Uma é a de que eles foram recortados das várias pedreiras, lapidados, transportados através de barcos no rio Nilo, e colocados e unidos com exacta precisão milimétrica. Outra hipótese diz que estas pedras eram sintéticas.Na verdade, tecnicamente, não somos capazes de polir e montar os blocos de calcário e granito com a perfeição com que eles formam as suas paredes. E como foram transportados, se alguns pesam até 70 toneladas?

Tudo parece indicar a participação de uma civilização mais avançada, ou de seres dotados de inteligência privilegiada. Se não observemos a precisão desta espectacular construção:

* Ao invadir o Egipto, Napoleão Bonaparte pediu a seus técnicos que traçassem o mapa do país conquistado. Tomando a Grande Pirâmide como meridiano para marcar longitudes, eles descobriram que:
a. O meridiano escolhido passava exactamente na região do Delta do Rio Nilo, dividindo todo o baixo Egipto em duas partes iguais.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYCouAnJf3EidDLKHSBHpi8I3kEt42h0CJ5vfd5uU9Fbj9zJR0ia9wryGBYJxa3dkW-PnfIPxfDht8fZfuLKQmXvaPElsF4f3ciL5QVx1iMSAoMgsszbUdlVarBbvwMImdLGbOzJ_1xbE/s409/Nova%252520imagem%252520%2525287%252529.png
- Queóps divide o Alto do Baixo Egipto-

b. Duas linhas diagonais, perpendiculares entre si, a partir da Pirâmide, delimitam toda região do Delta do Nilo.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5S3VyvltuXA70jef-EPYOhrYlRCJVSNFwwY7d9id_DqUBJevUN2Rml6FGu8cIGcMBfboldpXvM6xJpLTEUQ92oqr0rD9uufGLUwp9yfEkhZNs8MDdxZJ5gB31a1ykoL1t_FFFVqKgOYE/s415/Nova%252520imagem%252520%2525288%252529.png
- O Delta do Rio Nilo delimitado pelas linhas que, tendo ambas 160 milhas de comprimento vão ao encontro, respectivamente, das cidades de Alexandria e Porto Said-

c. A posição geográfica da Pirâmide pode ser utilizada como meridiano central do globo terrestre, sendo sua localização a longitude zero natural do mundo. A superfície das terras compreendidas a leste da Pirâmide é igual à superfície de terras a oeste.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhl8z04fug5ERp3mPPctOQksP8-whr2OGbPw_aSy6Xrro-PmsdiqXfkVG6dfd73pSPr2FwqGDQex81LWqit_g1XgGVB92lH94VxwpsPTJsoZqyFT0j_Pi4lhqP76IXs2-eNdyPvTQoZLI/s504/Nova%252520imagem%252520%2525289%252529.png
- Queóps e a longitude Zero Terrestre-

d. Os quatro lados inclinados da Grande Pirâmide estão alinhados com os quatro pontos cardeais da bússola.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6CeykDMQc7RlHlK4ZCP6gl22df2Qqku_Biyxhf9aPhjpy5sGIZZhn3g4OpagfIIE6AA61INGaNq5vx4WZj5mB7TZq_ewYriK7GQft0b4AecAwWWy-az88adRf3IPEZqw2CW9vPf07xoI/s445/Nova%252520imagem%252520%25252810%252529.png"
- Cada lado da pirâmide aponta na direcção de um ponto cardial-

* O teorema de Pitágoras e de Hidarco, que surgiram apenas nos séculos II. e V A.C. respectivamente, entram nos cálculos da Pirâmide, assim como o próprio valor de Pi (3,1416), quando suas aplicações no Egipto datam de 1700 A.C., bem após a sua construção.

* Sabe-se ainda que as principais câmaras da pirâmide se encontram direccionadas para algumas das constelações mais importantes.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlK3itWgRthM-Mr0zVu1j5AP4iluQtuG53gQjDrKk-pkRRlZXnVlMg-MEI_9hsHaO8a1VscK7KUVN_sB5s17M5wN061QFUMvuZ5URRff0Hd1u64fFhlNBrPK2d8LxUy7XuaSNUXLQWMhQ/s504/Nova%252520imagem%252520%25252811%252529.png
* A inclinação de 51º 51' da Pirâmide corresponde à mesma das aproximadamente 60.000 células piramidais do nosso sistema nervoso central.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgh_vXfsmtTu6zAgzCbhLUGpa_nxfXry3Eh3VaM0EgVGsHjjZhj7UM55R_X40UaFT7tE2O7S0n2vY9ayklsIaSaygQcEbhXSLPhPh0BRI-F6_6KECVFpGiypHGyLT4saMpyeU4VMhTCH30/s238/Nova%252520imagem%252520%25252812%252529.png
- A amarelo as células piramidais do Sistema Nervoso Central –

Continua…

domingo, 8 de janeiro de 2012

Testemunho de uma Árvore


Sou Yeluar, a árvore mais velha de uma floresta que outrora existiu. No meu tronco, nas minhas folhas, ficaram marcados todos os dias, todas as semanas, todos os meses, estações e anos, ao longo dos tempos. As minhas flores cantaram e dançaram sob o azul de um céu que já não vejo existir. Vi nascer e morrer muitas outras árvores que, como eu, foram testemunhas da implacável destruição e devastação, do crime e do terror que sobre nós se abateu.

Antes tudo era verde, os pássaros cantavam pousados sobre os meus ramos que se erguia com orgulho, como grandes braços numa prece em direcção aos céus. O sol nascia por trás das montanhas e, como uma luz infinita, banhava as nossas folhas com reflexos de ouro. O rio murmurava segredos por entre a erva e muitos eram os animais que nele se saciavam. Quando o Inverno chegava, tudo se cobria de branco, e os meus ramos, já sem folhas, brilhavam cobertos de gelo, à luz de um sol prateado. O rio congelava, transformando-se no mais perfeito e silencioso dos espelhos. Mas logo surgia a Primavera, doce e suave, e tudo renascia de novo. Seguíamos uma ordem harmoniosa e os ciclos seguiam-se naturalmente. À noite sucedia o dia, e a seguir ao dia chegava a noite, calma e serena, com o seu céu salpicado de pequenos pontos brilhantes. A lua surgia onde antes o sol reinara. Ouvia-se o som misterioso do canto dos seres nocturnos e a canção da vida daqueles que caminhavam durante o dia. Tudo era correcto e livre. Seguíamos o nosso curso natural e éramos felizes.

Contudo, sem que desse conta, os tempos mudaram.

Um dia recebemos estranhas visitas e a poderosa e densa floresta abriu-lhes o coração, partilhando inocentemente os nossos segredos e mistérios. No princípio, os nossos visitantes seguiram as regras da paz e harmonia. Afinal, eram apenas mais uma espécie, por entre tantas outras. Mas não demorou muito para que os seus números aumentassem, e as regras começaram a ser infringidas. Autointitularam-se soberanos do mundo e fizeram da floresta o que queriam e desejavam. Destruíram, mataram, e o que em tempos fora um mar eterno de verde fulgurante, rapidamente se tornou numa pequena mata. O rio deixou de cantar, as suas águas cristalinas escureceram, o seu curso foi desviado e a vida acabou por o abandonar. O céu deixou de ser azul e ganhou uma tonalidade cinzenta. A noite, essa, deixou de ser tão negra e os seus salpicos brilhantes perderam a luz. A seguir surgiram estradas, fábricas, prédios, e a pequena mata passou a ser um jardim.

Da minha floresta nada restou, para além de mim. Colocaram uma cerca em volta do meu tronco, que dizem ser para me proteger, e aqui estou eu. As forças já me faltam. Já não tenho folhas para escrever o meu testemunho. Apenas me resta uma, pálida, engelhada e frágil. Os meus olhos deixaram de ver o sol brilhante e dourado. Já não sou forte nem viçosa, como me recordo de ter sido. As minhas únicas companhias são dois pardais, que quase asfixiam devido à poluição que contamina o ar. Mas em breve tudo terminará. E quem é que se importa? Durante anos e anos dei as minhas folhas ao vento, para que levasse as minhas súplicas para longe, mas quem é que as ouviu? Hoje dou a minha ultima folha e o meu último suspiro.

Olho agora para um céu outrora azul e recordo o cantar dos pássaros, o murmurar do rio, o sol dourado e a magia do vento por entre as minhas folhas. Este último sonho embalará o meu último alento de vida. Tudo era belo… mas já não é…

Adeus mundo. Adeus…


1996