Noite da Alma - Booktrailer

domingo, 15 de janeiro de 2012

Noite da Alma - Um Olhar sobre a Simbologia I (Cap 1 - Cap 10)

Noite da Alma

- Um Olhar sobre a Simbologia I -

(Prefácio - Cap 10)


Para quem já teve a oportunidade de o abrir, certamente reparou que o Livro 'Noite da Alma' inicia cada um dos seus capítulos com a apresentação de um Símbolo Mágico. Estes Símbolos encontram-se fortemente ligados com os acontecimentos principais de cada capítulo, pretendendo-se que sejam a representação gráfica do ponto-chave ou da sensação global de cada uma das etapas da história.

Mas o que significam, na verdade, todos aqueles Símbolos?

Eis, então, o meu Dicionário de Símbolos ^_^


* Prefácio
– Símbolo: O Pentagrama


Este é um símbolo que data de há cerca de 3000 anos a.C., surgindo em escritos encontrados na Mesopotâmia.
Um pentagrama (do grego antigo πεντάγραμμος) é uma estrela composta por cinco rectas e cinco pontas. Trata-se de uma figura geométrica, dotada de vários significados, de acordo com as culturas e as épocas históricas da Humanidade.
Actualmente, os cinco vértices encontram-se, muitas vezes, associados aos cinco elementos:
- ύδωρ Hydor: Água
- Γαια Gaia: Terra
- ίδέα Idea ou ίερόν Hieron: “a Partícula Divina” ou Espírito
- έιλή Heile: Fogo
- άήρ Era: Ar
Muitas vezes, simboliza também os cinco sentidos ou as cinco chagas de Jesus Cristo, pelo que pode ser visto como um talismã de protecção contra demónios.
Como represente dos 5 elementos, o pentagrama é utilizado, habitualmente, em cerimónias de evocação dos espíritos elementais dos quatro quadrantes (direcções cardinais) no início de um ritual. Esta evocação tem como objectivo estabelecer uma ‘barreira’ protectora em torno dos participantes. O círculo que muitas vezes circunscreve o pentagrama é visto como a união harmoniosa dos 5 elementos.
O Pentagrama por si só expressa o domínio do Espírito sobre os Elementos da Natureza (a base da Magia), pelo que ao signo do Pentagrama chama-se igualmente Signo do Microcosmo, representando o que os rabinos cabalistas do Livro do Zohar (complemento místico do Torah, os cinco livros de Moisés) denominavam de Microprosopio.

Para informações mais detalhadas: AQUI e AQUI

è Ponte com ‘Noite da Alma’: Nenhuma em especial. Apenas que o Pentagrama é um dos meus Símbolos de Magia preferidos, pelo que o escolhi para a abertura do meu livro.



* Capítulo Primeiro
- Símbolo: Enxofre


É o símbolo alquímico do Enxofre, que é análogo à Alma Humana. Na Alquimia, o Enxofre representa o masculino, o quente e o seco, que complementa o Mercúrio (feminino, frio e húmido). Estes dois elementos eram considerados os pais de todos os metais.
Este símbolo é, ainda, utilizado por muitos seguidores de cultos satânicos, devido à sua adopção como emblema do Satanismo por Anton LaVey.
è Ponte com ‘Noite da Alma’: A Evocação de Gabriel



* Capítulo Segundo
- Símbolo: Triquetra


A Triquetra é um símbolo tripartido composto por três Vesica Pisces entrelaçados, marcando assim a intercepção de três círculos.
Para os Cristãos é tido como o símbolo da Santa Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo), e por vezes visto como três peixes entrelaçados.
No entanto, a Triquetra é um símbolo com origens muito anteriores à Era Cristã, tendo sido utilizado pelo Celtas, como símbolo da Deusa (as três facetas da Deusa: Virgem, Mãe e Anciã), e pelos povos Vikings, como símbolo do Deus Odin.
Simboliza, ainda, as três facetas do Ser Humano em equilíbrio (Mente, Corpo e Alma), bem como, de acordo com as lendas celtas, os três domínios da Terra: terra, mar e céu.
è Ponte com ‘Noite da Alma’: Tentando manter o equilíbrio que ameaça ser destruído.



* Capítulo Terceiro
- Símbolo: Suástica


A Suástica é uma das expressões da Cruz Solar, com os braços dobrados em ângulos rectos, simbolizando uma espiral ou o movimento rotacional.
O nome Suástica tem origem no Sânscrito, derivando de ‘su’, bem, e ‘vasti’, ser, formando ‘bem ser’ ou ‘bem-estar’.
Na Índia era usado como um talismã de boa sorte e fertilidade. Assim, caso a Suástica girasse para a direita, simbolizava o sol e a energia positiva, associada a Ganesh, Deus da prosperidade e da Saúde. Caso girasse para a esquerda, simbolizava as forças da escuridão da Deusa Kali. Juntos são vistos como um símbolo semelhante ao Yin-Yang.
è Ponte com ‘Noite da Alma’: O início da mudança. Colocando em movimento…



* Capítulo Quarto
- Símbolo: O Homem no Labirinto


Este símbolo representa a viagem do Ser Humano, através da vida. Embora o desenho pareça um labirinto é, na verdade, um único percurso, com muitas curvas e viragens, as quais representam as escolhas que fazemos na nossa vida. O Centro é negro, visto que a viagem deverá ser feita da escuridão para a luz.
è Ponte com ‘Noite da Alma’: Mari toma uma decisão-chave: aceitar o inevitável, e inicia o caminho que lhe foi destinado (o único caminho existente).



* Capítulo Quinto
- Símbolo: Ampulheta


A Ampulheta é um dos símbolos mais comuns do Tempo, embora prenda, no seu interior, a promessa da Vida, visto ser reversível (pode ser invertida e o tempo volta ao início). Por esse motivo, encontra-se muitas vezes associada á ressurreição, principalmente por entre as Ordens dos Freemasons e Rosacrucianos.
è Ponte com ‘Noite da Alma’: Marca o passar do tempo em que uma nova rotina se instala.



* Capítulo Sexto
        - Símbolo: Cruz Solar (Cruz de Odin, a Roda de Taranis)


A Cruz Solar é, provavelmente, um dos símbolos espirituais mais antigos do mundo, surgindo um pouco por todo o lado - Ásia, América, Europa e Índia - desde o início da História da Humanidade.
Composto por uma cruz equilátera encerrada no interior de um círculo, representa o calendário solar: os movimentos do sol, marcando os solstícios. Por vezes, os equinócios também eram marcados, formando uma cruz de oito braços.
No budismo é conhecida como a Roda da Vida, Roda de Samsara, (perambulação) que determina o fluxo incessante de renascimentos através dos mundos.
è Ponte com ‘Noite da Alma’: O renascer inconsciente dos sentimentos existentes entre Mari e Michael.



* Capítulo Sétimo
- Símbolo: O Olho de Horus e o Olho de Ra (Udjat e Wedjat)




O olho direito representa o Sol, encontrando-se associado ao Deus Ra.
O olho esquerdo representa a Lua e o Deus Toth. De acordo com a lenda, Seth arrancou o olho esquerdo a Horus, o qual lhe foi restituído através de artes mágicas por Thoth, Deus da Magia. Depois de o recuperar, algumas histórias dizem que Horus ofereceu o seu olho a Osíris, o que permitiu que esta divindade solar passasse a reinar sobre o submundo.
Os dois olhos juntos representam a Unidade Universal, semelhante ao conceito Taoista do Yin-Yang.
A nível espiritual, o olho direito reflecte o sol, a energia masculina a razão e a matemática. Por outro lado, o olho esquerdo encontra-se associado ao fluido, ao feminino, à energia lunar, à intuição e à magia. Juntos representam o poder transcendente.
No passado acreditava-se que o Olho de Horus era dotado de poderes de cura e protecção, sendo usado como amuleto de protecção e como instrumento medicinal, usando-se as proporções matemáticas do olho para se preparar poções e medicamentos.
è Ponte com ‘Noite da Alma’: O primeiro choque entre a luz e as trevas, entre a lua e o sol, entre o bem e o mal. Por outro lado, a atracção entre as trevas e a luz.



* Capítulo Oitavo
- Símbolo: O Caçador de Sonhos


O que conhecemos actualmente como ubiquitous, "Caçador de Sonhos", era, originalmente, um talismã pequeno, feito de madeira de salgueiro, a qual era dobrada num círculo posteriormente preenchido por uma rede de fibras de plantas de modo a parecer-se com a teia de uma aranha.
Os primeiros Caçadores de Sonhos foram feitos pelos Ojibwa (Chippewa) e eram usados como talismãs de protecção para as crianças. Assim, a ‘teia de aranha’ prenderia no seu interior os espíritos negativos, causadores de doenças e pesadelos, protegendo as crianças. A negatividade apanhada na teia seria destruída pelo nascer do sol. De acordo com a maioria das fontes, os Caçadores de Sonhos originais eram feitos em honra de Asibikaasi, ou Aranha-mulher, cujas teias mágicas tinham o poder de prender o sol.
è Ponte com ‘Noite da Alma’: O sonho acordado do dia passado na companhia de Michael.



* Capítulo Nono
- Símbolo: O Cálice


O Cálice é uma ferramenta essencial utilizada na Magia Ritual, representando o elemento água, a receptividade, a energia feminina e a forma.
Na Missa Católica, o Cálice é o recipiente onde se dá a transubstanciação pela qual o vinho é transformado no Sangue de Deus, ritual que teve origem na tradição hebraica de Kiddush, o qual representa a presença de Deus durante o Sabbat Judeu e na Páscoa dos Judeus.
è Ponte com ‘Noite da Alma’: O Mari começa a mudar e a tornar-me mais receptiva ao novo mundo que a rodeia.



* Capítulo Décimo
- Símbolo: Hexagrama Unicursal


Este símbolo foi criado com o propósito de desenhar uma figura num único movimento, tal como acontece com outros polígonos mágicos, como é o caso do pentagrama.
O Hexagrama Unicursal foi adoptado e estilizado por Aleister Crowley, no início do século XX, sendo uma derivação do hexagrama habitualmente conhecido como “Estrela de David”. Simboliza o princípio oculto da balança em que o que está em cima é idêntico ao que está em baixo, a imparcialidade e o movimento contínuo. Simboliza ainda a União Divina.
è Ponte com ‘Noite da Alma’: Embora em busca do equilíbrio, o movimento não cessa e os acontecimentos sucedem-se.


Continua...

Sophia C.*



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